Um sucesso absoluto e um peso morto no calendário, a primeira edição da Copa do Mundo de Clubes expõe divergência entre a elite do futebol e os demais países do mundo, embora a FIFA tenha recheado o torneio com gordas premiações, algumas vozes dissonantes ao torneio fizeram barulho no velho continente.
Para os times sul-americanos não há duvidas, é a principal competição da temporada. Sua premiação, mesmo que em patamar menor se comparado aos times da UEFA, já provoca distorções nos faturamentos dos clubes brasileiros. Palmeiras, Botafogo, Fluminense e Flamengo já estão entre os que mais vão faturar no ano, independente dos demais títulos.
Além do financeiro, o mérito esportivo em uma equipe sul-americana ganhar da contra parte europeia é praticamente um divisor de águas. Conquistar o mundo após conquistar a América. Isso dá dividendos eternos a seus torcedores em disputadas contra seus rivais nas diversas mesas de bares país adentro.
Outras regiões também utilizam da copa para se provar no palco mundial e seus torcedores são fascinantes. Há quem diga que o clima da copa de clubes é melhor do que a copa de seleções. De fato, a paixão envolvida é muito maior.
Aos olhos de um mundo perfeito, a Copa do Mundo de Clubes é o maior acerto da FIFA em anos. Muitos anos. Talvez o único acerto para dizer a verdade. Mas o mundo não é perfeito, temos algo chamado UEFA.
A UEFA goza o fato de ser a confederação onde o futebol de elite está. E quando digo elite, digo financeira. Ninguém recusa dinheiro, clubes como Real Madrid ou Manchester City estão felizes com suas premiações, muito maiores que os demais, porém ao mesmo tempo apenas complementares ao seu balanço financeiro.
Seus jogadores estão em fim de temporada, mesmo jogando menos e percorrendo ridiculamente menor distância que clubes brasileiros em nossa calendário peculiar. O euro centrismo também dá as cartas, tal qual um americano diz que o vencedor da NBA é o "campeão do mundo" de basquete, o europeu médio não tem qualquer vergonha de entender o mesmo sobre quem levanta a orelhuda.
Não é uma questão de honra, na verdade male e má é uma questão qualquer. Não há grande comoção em Pubs na Inglaterra e torcedores do Bayern não atravessaram o oceano em massa para apoiar seu clube.
No que isso importa na maneira que todos nós vivemos a competição? Nenhuma. Entretanto o que temos é realidades tão distantes que parecem ser dois mundos diferentes. Em nível técnico? Não. Na forma em que se vive o futebol? Verdadeiro.
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